sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Porto e Gerês

Dia #1 Porto

Uma vez chegados ao Porto e com o carro estacionado em frente à pousada de juventude ( que o Google streetview ajudou a descobrir ) fomos dar a primeira volta pelas redondezas. De mochila às costas demos uma pequena volta junto ao Rio Douro pela Rua do Passeio Alegre, perto da qual almoçamos nuns bancos de jardim com vista para o rio.

A tarde ficou reservada para conhecer um pouco do centro do Porto; comprámos os passes para autocarro + metro válidos por um dia e apanhamos o autocarro até aos aliados. Devo dizer que gostei do aspecto desta avenida, onde até o macdonalds tem ar “imperial”:

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Após uma volta de metro para ir conhecer a zona da Trindade, perdemo-nos pelas imensas ruas do Porto onde fizemos incursões turísticas pelo shopping Via Cataria, mercado do Bolhão (que talvez por ser de tarde, ou por estar em obras estava vazio) e São Bento. Como a tarde ainda ia curta resolvemos descer, um pouco ao calhas, as ruas que nos levariam à zona da ribeira.

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A ribeira parece ser uma zona com alguns contrastes, por um lado tem uma vista previligiada para o rio douro:

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Por outro lado tem pessoas caricatas:

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Posto isto, atravessámos a ponte e fomos até Gaia apreciar o lado de lá da paisagem. Infelizmente devido à natureza low cost deste passeio, não foi po$$ivel visitar nenhuma cave e provar o vinho do Porto, mas deu para apreciar uma paisagem sem preço:

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Depois de tanta volta as pernas já pediam descanso e apanhámos o autocarro que nos levou até aos aliados e depois outro até à pousada da juventude. A pousada, apesar de não estar no centro está bem servida de transportes e tem um Pingo Doce mesmo em frente o que dá jeito para as refeições. Do quarto a vista é esta:

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No geral é uma boa pousada em que apenas aponto como pontos negativos a cozinha que apesar de ser de acesso condicionado estava bastante mal equipada, com um microondas avariado e um frigorifico um bocado sujo.

 

Dia #2 – Gerês

No segundo dia depois dos compromissos profissionais que levaram toda a manhã e das sandes de patê de atum a simular um almoço seguimos o GPS e os caminhos menos ortodoxos que recomenda e finalmente chegamos ao parque de campismo da Cerdeira em Campo do Gerês. Fazer o checkin, montar o estaminé e voltar à estrada. Como já não era época alta pudemos atravessar de carro a reserva do Gerês seguindo por uma estrada de terra batida que segue o contorno da bacia criada pela barragem de Vilarinho das Furnas. Uma vez acabada a estrada da reserva descemos a serra, parando na povoação do Gerês para comer um bom e barato crepe de gelado. Esta vila que é mais conhecida pelas suas termas está mais moderna e arranjada desde a nossa última passagem uns anos antes. Saciada a gulodice, continuámos a descer a serra até Rio Caldo para depois a voltar a subir até ao parque. Para o jantar nada melhor que uma lata de feijão com salsichas a acompanhar. Uma das características deste parque é fechar as portas cedo, sendo que para quem procura diversão nocturna é um inconveniente. Talvez por ser época “média” a sala de convívio não estava aberta o que nos deixou sem grandes alternativas de entretenimento senão a jogar UNO à luz das lanternas.

 

Dia #3 – Gerês

No terceiro dia queríamos aproveitar o Gerês e o que tem de melhor e para isso só há uma solução: andar a pé. Seguindo em parte a estrada que os Romanos fizeram de Braga às Asturias conseguimos vislumbrar algum do seu legado:

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Com o calor que já apertava e com o pó que alguns automobilistas adeptos do rally levantavam, saímos da estrada principal seguindo trilhos que à primeira vista parecem becos sem saída mas que levam a sítios como este:

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e este:

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Onde os elementos parecem integrados:

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Ora encaixados à força:

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Ou até esquecidos pelo ser humano:

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O que até é bom, visto que onde o Homem põe a mão acaba por estragar como é caso da cascata da portela do Homem

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que está suja devido a pessoas que não sabem levar consigo o lixo que fazem… Depois num mergulho nas águas outrora puras da portela do Homem é hora de voltar para trás seguindo desta vez a estrada principal, embora com um atalho a meio que nos poupou algum tempo e sola de sapato.

No final do dia, com alguns 20Kms nas pernas o corpo pedia descanso e a chuva serviu de metrónomo para uma boa noite de descanso, já que o dia seguinte era de regresso.

 

Dia #4 De volta a Coimbra, com paragens para lambarices

Uma vez arrumada a tenda e restante material campista fizemo-nos à estrada com uma breve paragem em São Bento da Porta Aberta.

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Esta localidade é uma espécie de Fátima do norte, com uma igreja antiga e um templo enorme e recente para albergar os certamente muitos fieis que ali vão pagar as suas promessas. Aliado a isto está sempre a vertente comercial da religião. Nós, por outro lado estávamos mais interessados nos doces da região para levar como souvenirs. Após apreciar as vistas

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rumámos calmamente a sul aproveitando a auto-estrada sem portagens até Aveiro, fazendo um desvio até à Costa Nova para comer uma iguaria da região: a tripa.costanova

Com a tripa de chocolate a deixar a barriga alegre após três dias de refeições low cost, seguimos até Coimbra cheios de bons momentos, planeando já a próxima escapadinha.

2 comentários:

  1. Andei pelo Gerês durante Agosto. É muito interessante e há imenso para ver. Em São bento da porta aberta devem ter visto gente na estrada com cravos na mão, superstição local...

    Abraço

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